• Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007).
• Realizou Residencia Médica no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital São Lucas e da Faculdade de Medicina da Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ( PUCRS) entre 2012 a 2015.
• Realizou aperfeiçoamento profissional (Felowship) em Plastica da Face no Serviço de Otorrinolaringologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre 2015 e 2016
• Possui Titulo de Especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial ( ABORL-CCF).
• Fez Observership em Rinoplastia no MarienHospital em Stuttgart (Alemanha) sob supervisão do Professor Wolfgang Gubisch (Abril-junho/2017)
• Atua como colaborador na Residência Médica do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital São Lucas da Pucrs na área de Plastica Facial
• É mestrando em Ciências Cirúrgicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Você sabe o que é Rinoplastia?
A rinoplastia é a cirurgia para corrigir as queixas estéticas e respiratórias relacionadas ao nariz. Existem diversas técnicas de rinoplastia, todas com objetivo de melhorar a aparência e a função nasal. Cada indivíduo tem suas características únicas , o que faz da rinoplastia uma cirurgia de caráter personalíssimo (o resultado de um indivíduo não pode ser reproduzido para outro). Existem vários fatores que influenciam no resultado da rinoplastia: tipo de pele, idade, cuidados pré e pós operatório, necessidade de uso de enxertos, cirurgias nasais prévias, infecções pós operatórias e principalmente fatores de cicatrização relacionados à genética individual.
Em uma primeira consulta de rinoplastia é importante entender claramente as queixas e expectativas do paciente a fim de conseguir a máxima satisfação no pós operatório. É importante um exame físico detalhado para identificar problemas respiratórios como os desvios no septo nasal, as alterações nas válvulas nasais além de estimar o tamanho e resistência da cartilagem do septo nasal. É muito importante fotografar e analisar o rosto em conjunto com o paciente para identificar as assimetrias e as limitações da rinoplastia. O ideal é realizar uma simulação operatória computadorizada na consulta. O objetivo não é prometer resultado, e sim entender junto com o paciente qual será o rumo do planejamento cirúrgico, sempre lembrando que o resultado não será igual a simulação. Não é possível escolher a forma exata do nariz numa rinoplastia, assim como também não é possível escolher um parecido com o de outras pessoas.
A rinoplastia tem suas limitações e, mesmo em narizes naturalmente bonitos, há assimetrias quando analisamos cuidadosamente . As diferenças entre os lados do rosto fazem parte da nossa natureza . Portanto a ideia é obter um nariz mais bonito, e não isento de pequenas desproporções, já que a perfeição é raramente encontrada na natureza e não pode ser alcançada cirurgicamente.
A técnica cirúrgica varia de acordo com o paciente e a experiência do cirurgião em rinoplastia. Classicamente, em relação ao acesso cirúrgico, a rinoplastia é dividida em 1) rinoplastia aberta em que se realiza uma incisão na base da columela nasal com o objetivo de expor o nariz de maneira mais ampla e 2) rinoplastia fechada com incisões internas. Atualmente, para obter visão mais ampla das estruturas nasais e garantir maior precisão nas modificações, preferimos a rinoplastia aberta.
As técnicas mais modernas em voga são as chamadas rinoplastia de estruturação e a rinoplastia de preservação.
A técnica de estruturação objetiva reforçar a estrutura do nariz durante o procedimento para manter um nariz com resistência às forças cicatriciais que atuaram sobre o arcabouço nasal após a rinoplastia.
Já a técnica da rinoplastia preservadora objetiva em preservar áreas chaves do nariz para manter áreas de estrutura que já são naturalmente resistentes e esteticamente agradáveis, evitando a necessidade de grandes quantidades de enxertos e reconstruções nasais extensas. Temos utilizado uma técnica mista , mesclando conceitos das duas filosofias.
Os enxertos de cartilagem são de suma importância para a rinoplastia moderna. Os enxertos funcionam como o material para montagem da arquitetura do "novo nariz" que estamos confeccionando. Em casos em que o paciente não possui cartilagem suficiente no septo, seja porque já fez rinoplastia e septoplastia previamente, ou porque teve trauma com destruição da cartilagem ou mesmo por características individuais possui pouca cartilagem, pode ser necessário utilizar cartilagem de outro local do corpo. Os locais doadores mais frequentes são as cartilagens da costela e da orelha.
Hoje em dia temos utilizado alguns instrumentos que auxiliam a rinoplastia tornando o procedimento mais preciso e menos traumático. Um desses utensílios é o bisturi piezoelétrico que atua sobre superfícies ósseas mas não traumatiza os tecidos ao redor. Quando utilizamos esses instrumentos , chamamos o procedimento de rinoplastia ultrassônica, em que obtemos cortes precisos ao invés de fraturas, causando menos inchaço e roxos no pós operatório.
A rinoplastia pode ser realizada sob anestesia geral ou local com sedação, sendo a preferência da equipe cirúrgica e do paciente o que determinará a escolha No final do procedimento é realizado um curativo sob o dorso nasal com micropore e Aquaplast que funciona com um gesso para manter os ossos nasais estáveis. Em geral removemos os curativos e pontos em 7 dias. Na mesma consulta limpamos as fossas nasais e colocamos um novo curativo que permanecerá até o 14 dia. Após essa data, em geral, não há mais necessidade de curativos.
O resultado final,é alcançado em média com 1 ano, pois já há uma estabilização da cicatrização e resolução do inchaço. Entretanto, em pacientes com pele muito espessa, pode haver inchaço residual até 1 ano e meio ou até mesmo dois anos. Pacientes com pele fina tem menor tempo de inchaço e um resultado final mais precoce.